Publicado em: 21/05/2024 Autor/fonte: Eliane Cristina Flóride |
O artigo tem por objetivos reforçar a importância da escuta e da fala, na relação analista-analisando, como condição para que o tratamento psicanalítico aconteça e, refletir sobre a seriedade de como deve ser a escuta analítica, para que o lugar de fala possa existir. Quando pensamos nas palavras fala e escuta, nos vem a ideia de comunicação, uma vez que se origina, se mantém e se desenvolve no vínculo com o outro. A noção de comunicação na teoria psicanalítica apresenta-se ampla, sendo imprescindível um aprofundamento acerca dessa temática. Estrutura-se essa pesquisa com base nas leituras das obras de Sigmund Freud, Jacques Lacan e outros autores. Para facilitar a reflexão, destaca-se algumas perguntas pertinentes ao tema, que foram observadas durante a leitura do livro escrito pelo médico e analista Salman Akhtar, ?ESCUTA PSICANALÍTICA? (2018 p.14), as quais são desenvolvidas neste artigo, a fim de levar o leitor ao entendimento sobre a escuta analítica, diferenciando-a da escuta comum, percebendo os tipos de escutas clínicas e a importância da fala (associação livre), para que o analisando possa se ouvir. Perguntas essas que são: A escuta analítica é diferente da escuta comum? Pode o analista ?escutar? silêncios, imagens visuais, mudanças de posturas ou outras comunicações não verbais? Como o paciente escuta a si mesmo? A intenção é que após a leitura do artigo, passando por cada discurso em relação as perguntas citadas, que se perceba claramente que o ?escutar? do analista, através de uma atenção flutuante, é sem sombra de dúvidas, considerado na psicanálise, imprescindível para que o analisando se expresse através da ?fala? ou através de comunicações não verbais.
Publicado em: 21/05/2024 Autor/fonte: Eliane Flóride |
Para Lacan, a introjeção diz respeito apenas aos significantes e ele a aborda no quadro das relações do sujeito com o outro por meio da dialética da alienação-separação e da identificação simbólica, o simbólico está atrelado a regras, posições, poder, cultura e limites. É papel do psicanalista ajudar o analisante a desconstruir essas introjeções e olhar para si.
Publicado em: 21/05/2024 Autor/fonte: Eliane Flóride |
O ser psicanalista, nasce da capacidade de escutar não apenas o outro, mas a si mesmo primeiramente, a fim de acolher e trabalhar seus próprios conteúdos para que a análise de seu analisando, transcorra da melhor maneira possível. Ele é um ser sério, no sentido de levar a sério, um ser direto (as vezes), por saber que é assim que tem que ser e se importa com cada detalhe expresso pela pessoa que o solicitou, enquanto profissional, ou seja, um ser provido de ética e comprometimento.